Ouvi
uma vez, no Comer, Rezar, Amar, Liz Gilbert dizer: I don’t need love you to
prove that I love myself (Eu não preciso amar você pra provar que amo a mim
mesma). Essa frase, para mim, é uma verdade universal. Nunca acreditei que
precisamos prender alguém em nenhuma circunstância, principalmente quando
existe amor, respeito e confiança.
Não
acredito em relacionamentos que não se baseiam em confiança mútua. Não acredito
em relação alguma em que você precise jogar, muito menos naquelas em que você
precisa interpretar, deixar de ser quem você é porque tem medo do que o outro
vai pensar. E como eu estou cansada desse tipo de relação. Como isso me exaure.
Entendo
o quão boas são algumas pessoas que passam na nossa vida, o quão interessantes
elas são e como queremos, muitas vezes, que elas permaneçam, mas isso não nos
compete. Repetindo o que eu disse em outro post,
criar expectativas é normal! Se apegar é essencial! Não quero uma vida sem
sentido, sem sentimento. A expectativa que eu crio com relação a qualquer coisa
da minha vida é somente minha, não preciso dar satisfação disso a ninguém,
porque ninguém quebra minha expectativa, ela se quebra, por si só e ninguém,
ninguém é responsável por isso.
Eu
sempre procurei respeitar a vontade de todos os meus amigos, respeitar o ser
humano em si, mas aprendi a respeitar a mim mesma e ao meu limite, e a não
tolerar nada que invada a minha perspectiva de espaço. Eu sou uma pessoa que
gosta de ajudar, sou carinhosa, sou exatamente isso o que se vê e me sinto
extremamente incomodada em não saber como agir porque tenho medo do que os
outros vão pensar. Poxa!
Estou
cansada de viver fechada num esquife sem poder sentir nada, sem poder fazer
nada do que quero, só remoendo todas as vezes que eu pensei “e se...”. E se
tivesse sido diferente, e se tivesse feito diferente, e se tivesse falado, se
tivesse tentado, se ... se... se... Não quero esse estigma de “ses”. Eu posso,
verdadeiramente, encarar a vida de frente dizer que eu me expus, eu não tive
medo de ser eu mesma, de tentar, de me abrir.
E
se houver sentimento? O que é que tem? E se não houver? E daí? E se sim, e se
não? Pra quê tanto “se”? Pra quê tantas ressalvas? Não adianta viver pensando
na morte se nem se vive. Eu quero acordar de manhã e respirar o ar puro e
sentir a brisa fria no meu rosto, e se o dia que isso acontecer for o dia do
nascimento de um filho, que bom! Vivi dia após dia, sem querer pular etapas,
sem querer forçar nada. Vivi. Eu vivi. Se eu não posso viver com quem eu
desejo, paciência. Como eu já falei: não se deve ter medo de ensinar a voar, o
amor não é uma âncora, o amor são asas e é voando que se aprende a voltar pro lar.
Que voe. E que volte, se assim desejar. E que eu esteja aqui, ainda... E que eu
ainda seja a mesma... E que eu ainda seja suficiente.
Amor é simplesmente assim. Asas e não âncora, precisa ser livre pra existir!!!
ResponderExcluirÉ o que eu penso. Deixemos de ser rótulos e sejamos simplesmente nós.
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