sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Sobre as trilhas da vida


Às vezes não se deve chorar pela perda... pois não é realmente uma perda. Resignação e resiliência é fundamental aquele que quer continuar são e justo.


Então, há um tempo escrevi um texto aqui no blog que falava sobre desistência (o nome do Post é Another Day, do dia 8 de julho de 2017), sobre o momento de perceber que algumas coisas realmente não são para acontecer, e ainda hoje eu acho que tomei decisões acertadas baseadas na racionalidade e no futuro que eu teria. Pois bem, novamente retomo esse assunto, mais uma vez para abordar a desistência, mas também para falar sobre a insistência.

Quem me conhece sabe o quanto eu sou apaixonada pela Língua Inglesa. Quando fiz o ENEM queria ter colocado o curso de Letras-Português/Inglês (porque mesmo amando o inglês, o português é paixão antiga – “Amo a Língua Portuguesa”, Clarice Lispector), porém, por medo de acabar não entrando, ou seja, duvidando da minha própria capacidade, coloquei Português habilitação simples. Desde quando entrei no curso comecei uma luta para incluir a habilitação em Língua Inglesa e, inclusive, passei por uma seleção desnecessária e abusiva que me deteriorou psicologicamente, nada deu certo. Então, como eu queria muito isso, eu decidi terminar logo o que estava fazendo para começar a estudar o Inglês através da nova habilitação de Fluxo Contínuo. Graduei-me (pela segunda vez). Enfim.

Logo pedi a entrada para iniciar meus novos estudos e já encontro uma barreira: choque de horário. Tive que ouvir (mas não calada) um professor me dizer que foi uma escolha minha trabalhar... Então, ele está lá por escolha própria também, né? Se pudesse não estaria numa praia em Ibiza? Hum... Está certo. Após cortar de forma bastante elegante e brusca o raciocínio dele, deixando bem claro que as minhas escolhas só diziam respeito a mim e que ele não teria motivo para pô-las em questão, percebi pela sua postura que, diante da minha petulante (e verdadeira) resposta, não conseguiria o que queria com ele.

De certa maneira, boa parte do que eu queria estudar no semestre passado deu certo, outras coisas não. Faz parte. O que posso dizer é que fiz amizades com pessoas incríveis, de alunos a professores, e que enquanto existem pessoas que vieram ao mundo parecendo Satanás reencarnado querendo transformar sua vida num perfeito inferno, também encontramos muitos que nos defendem e abraçam as nossas causas muitas vezes sem nem sequer perguntar o motivo.

O semestre terminou e outro período de matrícula começou, e novamente as mesmas dificuldades se apresentaram, talvez de forma mais severa que antes. Fui barrada em uma das disciplinas que pedi e as outras duas não tive nem a chance de tentar fazer. O estudo de uma segunda língua que era, no meu cronograma, para ser concluído em 2 anos estendeu-se a 4. E eu definitivamente “não estou disposta!”, nem sou obrigada.

Eu estudo há muito tempo Clarice Lispector e Jane Austen, autoras maravilhosas da literatura dos séculos XX e XIX, respectivamente, e nunca precisei de ninguém que me dissesse o que fazer. As aulas são um direcionamento mais elaborado, um norte, mas quem faz a faculdade/universidade é o aluno. Descobri que em muitas instituições eu posso lecionar inglês sem ter diploma, apenas com o conhecimento que eu já tenho, conhecimento esse de quem já pesquisa a língua há 13 anos. Posso não saber de tudo, mas alguma coisa, com certeza, eu devo saber, né?

Após tantas lutas e “murros em ponta de faca”, eu desisto, oficialmente, deste curso. Eu não preciso disso. O meu objetivo é aprender sempre mais e mais e não ficar me sentido perseguida e/ou atormentada dentro de uma instituição que muitas vezes não preza pelos seus bons alunos e professores. Parece que aqueles que possuem um pouco mais de conhecimento acerca dos seus direitos é tratado como um pedante. Se assim é, então sou pedante. Sou pedante por não permitir que este sistema Federal falido me engula com desculpas esfarrapadas. Sou arrogante, sim, por não permitir que um professor/coordenador ou quem quer que seja fale comigo como se eu fosse uma das suas pessoas de intimidade. Não permito. E não questiono as razões do professor quando ele falta sem avisar e deixa o aluno lá plantado esperando, podendo estar fazendo outra coisa. Então, não admito que ninguém venha levantar questionamentos sobre as escolhas que eu faço na minha vida, ninguém. Sou uma aluna, pessoa, mulher, professora responsável e extremamente perfeccionista a ponto de ficar doente por me cobrar demais. Se eu não fiz ou cheguei atrasada ou saí mais cedo existe uma razão séria, essa razão só não é da conta de ninguém, nem por isso ela deixa de existir.

Então, visto a problemática tão estrondosamente (desnecessária e) cansativa, desisto de insistir nos meus estudos oficiais proporcionados pela Universidade a qual é sustentada pelos impostos que eu mesma pago. Os alunos precisam brigar para fazer determinadas disciplinas e eu entendo que quando já está cheia, é necessário ponderar pensando-se no bem e na saúde mental e física do professor, mas a turma tendo vaga ou o professor abrindo uma vaga direcionada a você, o departamento interfere e indefere quebrando a expectativa do discente de querer estudar, e isso é cruel e desmotivador. Por esse mesmo motivo, pelo desestímulo, então declaro que fui vencida pelo cansaço e desisto mesmo. Eu não preciso estar matriculada para estudar, com a autorização do professor eu posso participar das aulas de qualquer maneira. A burocracia vence a formalidade, mas não a capacidade e o querer. E eu quero. Eu quero aprender.

Começo agora a refazer todo o meu “plano de vida” (pode rir, quem assistiu ao Pequeno Príncipe) com muita garra e determinação. Vou prosseguir, vou reavaliar as minhas opções, vou continuar estudando autores que eu amo e levando tudo da melhor forma possível, pois uma Professora Titular que teria todos os motivos do mundo para olhar para mim e dizer que eu não conseguiria, uma profissional que já está há 25 anos na Universidade me enxergou e me deu incentivo, me fazendo acreditar que eu poderia chegar aonde quisesse. Quem sou eu para duvidar de uma pessoa tão experiente e sábia? Só me resta acreditar que vai dar certo... E vai mesmo!

Então, a gente abandona algumas pratas pelo caminho, pertences valiosos, mas com o intuito de reservar mais espaço para uma conquista melhor: o Ouro.

Meu Projeto de Mestrado já está pronto. Se é para pensar alto, então vamos logo visitar outras galáxias. Eu não tenho medo de cair mesmo...


sexta-feira, 16 de junho de 2017

A vida acontece...

Ontem eu vi um vídeo postado em um dos grupos que participo e achei que deveria expressar minha opinião (forte) sobre isso. Tratava-se de uma exposição/humilhação de uma moça que, depois, fui descobrir que só tinha 17 anos. Ela foi espancada, xingada, filmada sem o seu consentimento e teve suas roupas completamente arrancadas, só conseguindo escapar após correr muito, totalmente exposta, no meio da rua.
Mas afinal, quem era a mulher que a expôs desse jeito?
A mulher era a esposa de um homem que, aparentemente, teve um caso com a adolescente. Mas por que fazer isso? Por que expor esta garota dessa forma quando nem sequer ouvimos falar do cara?
Gente, olha, eu demorei muito, anos, na verdade, para adquirir uma inteligência emocional tão madura e eu me orgulho disso, porque a minha vida melhorou muito e a das pessoas com quem convivo também. O fato é que hoje já temos processo por dano morais em caso de traição/infidelidade, não é necessário e nem faz bem para ninguém se deixar levar pela emoção e perder a cabeça, pois perdendo a cabeça, perde-se a razão.
Não acho certo o que fizeram a essa moça e não é pela escolha errada dela que nós podemos também escolher o caminho incorreto. A menina não fez sexo sozinha. Ela é solteira e mesmo que não fosse! Problema dela. Ela foi humilhada da pior forma, de uma maneira que ser humano nenhum deve ser. Onde está o cara? Cadê o marido da outra lá? A culpa foi só da menina? Ela amarrou o cara e forçou tudo?
Pelo amor de Deus, sabe? Que diabos está acontecendo com o mundo? Eu entendo que é sexo, mas é exatamente isso: só sexo! Parem de super valorizar o sexo! Seres humanos, infelizmente, erram, escolhem errar, paciência. Pra quê essa raiva toda se não foi um erro seu? Deixa quem o cometeu se martirizar.
Não estou do lado da esposa, nem do marido, nem da menina. Não tenho lado a escolher, estou racionalizando uma situação a qual posso com propriedade falar sobre, pois já passei por isso. Ninguém deve ser exposto dessa maneira. Humilhação não é vingança, não apaga o fato, não volta o tempo, não adianta nada!
Por que não vi o rosto do marido? Onde ele estava? Por que só nós, mulheres, somos taxadas como vagabundas? E o cara? Ele é que era casado. Ele optou por isso! Ele não foi exposto, ele não foi punido. É porque é homem?!
PELO AMOR DE DEUS, ponha na sua cabeça que a vida acontece! As situações existem. Se o cara traiu, com certeza existiu uma brecha, por que não se perguntar se não foi você quem a abriu? Não estou dizendo que a culpa é da esposa, mas pode ser que haja uma parcela de comprometimento dela nesses casos. Tudo é possível. Amar é uma decisão. Trair também. Quem te traiu é que deve chorar e se arrepender, não você. Você não fez nada de errado e ainda pode escolher passar por cima disso e continuar tentando perdoar ou simplesmente virar as costas e construir uma nova vida.
Não concordo com a exposição do ser humano sob ameaça ou qualquer tipo de ataque. Não é correto. Sou muito bem resolvida quanto a isso e tenho maturidade suficiente para olhar na cara de quem for e conversar sobre o assunto, por mais que isso doa. É necessário falar e confiar no tempo para curar.

Não repassei o vídeo e nem o farei, mesmo outros que existem do mesmo cunho, apago sem pena. Não tolero exposição do ser humano. Nós não somos juízes, muito menos deuses para julgarmos uma circunstância a qual não estamos inseridos. Este ser humano pode até não ter caráter, mas tem mãe, tem pai, tem alguém que zela e o ama, então, se não por ele, por quem se machuca com essa conduta, sejamos mais humanos e maduros, e menos espelho de ódio, rancor e vingança. Isso não leva a nada. Aquele que te dispensa, que te machuca, vai ter o que é merecido, não pelas suas mãos, mas pelas mãos do mundo, da vida. E você nunca precisará fazer absolutamente nada para que isso aconteça. É a Lei do Retorno. Ela existe e nunca falha. 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Feliz Dia dos Namorados!




Feliz Dia dos Namorados!
Feliz Dia do “Eu te maltrato o ano inteiro, mas hoje vou te dar flores, porque assim prega a sociedade”.
Feliz Dia da Hipocrisia dos relacionamentos 1º de abril que são tão falsamente comemorados hoje.
Feliz Dia da Mulher para aquela que te atura e te ama.
Feliz Dia do Homem para aquele que te ama e nem sonha saber quem você realmente é.
Quantas juras de amor, quantos planos perfeitos, quantas táticas de conquista e manipulação. Quantos relacionamentos presos ao conformismo, ao medo de pular fora, mesmo que seja infeliz, porque não quer ficar só. Melhor mal acompanhado do que sozinho, certo? Se você acha certo, então é certo.
O meu recado agora vai para as mulheres incríveis e maravilhosas que se prestam ao papel de acharem que merecem menos. Depois de passar por experiências insatisfatórias, posso falar com propriedade que não vale a pena se conformar com migalhas. Você é melhor do que isso, você merece mais do que isso. Se você acha que ele é a tampa da sua panela, mas ele não acha, então ele não é! Bola pra frente. Sem choro, nem vela. Sem tempo a perder com quem não te enxerga ou não percebe o teu valor.
Sou feminista, todo mundo sabe, não é novidade para ninguém. Sou a ovelha negra, a rebelde (com causa), a bruxa má do Oeste, a vilania. Não me importo nem um pouco com esses rótulos, afinal, são só rótulos, mais de terceiros do que meus. Ser feminista não quer dizer que o cara vai ter que fazer tudo sozinho, que eu vou bater de frente a cada decisão dele. Ser feminista é ter a liberdade de cozinhar para o meu homem porque eu o amo e não porque a sociedade me treinou para ser cozinheira. É deixar de cozinhar quando não estou a fim e não amá-lo menos por isso, apenas respeitar o meu limite e a minha vontade.
É passar a roupa dele com o maior carinho do mundo, mas me dar o direito de não fazê-lo se não quiser, sem amá-lo menos por isso. É entrar na dieta, porque eu o amo e ele precisa se cuidar. É ser companheira, cúmplice, amiga, amante, conselheira, parceira, namorada... É ser inteira.
E eu sou. Se não for para ser inteira, prefiro não ser. Se não for para ter por inteiro, prefiro não ter.
Prefiro ficar só a me prender num relacionamento por interesse ou por comodidade. A vida é muito curta para não amarmos a pessoa certa e muito longa para vivermos com as pessoas erradas.
Não me importa se aos 30, 40, 50, 60, ou mesmo nunca, não me presto ao papel de estar com alguém por conveniência, por medo de ficar só, ou por costume. Isso não é justo nem comigo, nem com a pessoa que estou “prendendo” por ser covarde e egoísta, e não querer que a pessoa seja feliz com quem a mereça.
Não tenho medo de começar do zero. Não me aflige começar de novo. Atormenta-me mais a ideia de sempre voltar ao mesmo lugar e continuar andando em círculos, pois sempre vou saber o que esperar... E o que é a vida sem surpresas? O que é a vida quando a gente se permite?! É maravilhosa!
Mulher, não trate como único quem te trata com segunda opção. Você é a primeira opção de alguém, basta abrir bem os olhos e enxergar que esse alguém é você mesma. Não se submeta a relacionamentos abusivos de nenhuma espécie, por ter fé que ele mudará: Ele NÃO vai mudar. Não por você. A mudança é interior, tem que vir de dentro dele. Não adianta sofrer aos poucos, corte logo o mal pela raiz. Não se envolva com homens comprometidos, porque eles não valem a pena. Por mais que vocês amem, por mais que doa, dói ainda mais saber que você nunca vai poder contar com ele para nada.
A vocês eu indico o livro da Emily Giffin, Questões do Coração, e também o Episódio 16 da 14ª Temporada de Law and Order – SVU chamado “Funny Valentine”. Não se desvalorizem dessa forma. Se o cara trair com você, ele vai trair você com outra. É fato. É certo. Se ele está num relacionamento ruim, então que ele tenha colhões para terminar e começar algo novo com você, mas não fique esperando isso acontecer. Viva! Apenas viva! Sem esperar nada da vida, viva!
A nossa existência vale mais do que uma paixão. Vale o nosso amor próprio e a nossa vontade de viver por nós mesmas, de fazer o bem, de amar, incondicionalmente, de confiar, sempre...
Não tenha medo de dizer “Não! Não quero isso pra mim!”. Se desprenda das amarras da baixa autoestima e não pense que você não vai encontrar ninguém, porque você vai! Você não precisa beijar várias bocas erradas até se encantar com a certa, você pode fazer isso, sim! Porque você é livre, mas você NÃO TEM QUE, NÃO PRECISA FAZER. Se o fizer, faça porque tem vontade e não por desespero de querer encontrar a fina força alguém que te complete. Lembre-se da história da Cinderela e de suas irmãs, que cortaram pedaços de seus pés para que eles coubessem no sapatinho de Cristal. Você não precisa se podar para caber no mundo de ninguém, você não precisa se modificar para se encaixar na vida de ninguém, você nem mesmo precisa de um sapato, muito menos que seja de cristal. Cristal é frágil, quebra. Prefira ficar descalça, sentindo a terra molhada e fria sob os seus pés, mantenha os pés firmes no chão, mas não tão firmes que você não possa correr atrás dos seus sonhos. Corra! Lute! Por você, pra você e por ninguém mais.
Você merece, nunca pense que não. Você merece mais, sempre mais...
Que presente do Dia dos Namorados?! Que data mais comercial! Eu não quero presente, eu quero é respeito, não existe homem mais perfeito do que aquele que não precisa de um dia do ano específico para provar que te ama e te admira.
Não acredito nessa besteira do Dia dos Namorados. É só mais uma data que o comércio criou para vender mais. Não preciso de presentes, preciso de companhia e compreensão. Não preciso de jantares caros, prefiro um DVD e o aconchego da cama quentinha e o calor do corpo do outro, senti-lo adormecer. Não preciso de cartões, escolho a confiança. Pois não há hoje prova de amor maior do que dizer ao outro: Eu confio em ti. Eu confio em Deus e tenho certeza que o que Ele tem guardado para mim é muito maior e melhor do que a minha mais alta expectativa.
Eu confio, sempre.





[CONTINUA EM BREVE]

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

"How could an angel break my heart"


'I wish I didn't wish so hard'

“Todo mundo tem problemas”, essa frase clichê simpática nunca me convenceu.
- Ow, mulher, eu tô passando por tanto problema.
- Eu também. Não está sendo fácil.
É muito cômodo fazer a 'Kátia Cega', né?
(Para quem não conhece, a Kátia cantava a música “Não está sendo fácil” na década de 90. Há quem diga que ela é parente do Roberto Carlos... Olha ela aí embaixo.)




O que é empatia?
- Ow, mulher, eu tô com tanto problema...
- Eu também, mulher. Você tá precisando conversar? Vamo sair? Vamo tentar se ajudar? Quando você pode?

SIMPATIA = Sinto muito por você; EMPATIA = Tamo junto


Entendeu?

Eu sofro muitas críticas por ser um tanto permissiva e aguentar algumas coisas que se colocaram contra mim através de amigos, em determinadas situações, e perdoá-los, mas não posso terminar uma relação só porque o outro cometeu um erro. Não posso apagar todos os acertos por isso. Eu luto pela pessoa até o fim. Até o momento que a relação se torna tóxica para mim, então é hora de dizer ‘adeus’.

Quem nunca teve um amigo, um amigo mesmo, de verdade, não sabe o que é ficar no prego e ligar para um; não sabe o que é passar mal e esperar o amigo sair da Washington Soares e ir pro Benfica para te levar ao hospital, te deixar em casa, no Mondubim, depois e voltar para casa (na Washington Soares) de ônibus; não sabe o que é ser assaltado, ligar para o amigo e ele dizer: “Me diz aonde você está que eu vou agora te encontrar”; não sabe o que é dizer: “Amigo, to mal...” e chorar, e meia hora depois estar no colo do amigo.

Todo mundo tem responsabilidades, TODO-MUNDO-TEM, mas ser amigo não é dar o que resta, é doar o que te faz falta, porque o teu amigo nunca é perda de tempo, é ganho de vida. Ser amigo é ir para a festa para acompanhar, mesmo que deteste a porra da música ou das pessoas (ou os dois). É largar tudo o que está fazendo porque você sentiu que o “tô bem” dele ao telefone, soou falso, ele só não queria te preocupar. Mas a gente sabe... A gente sente. É o amigo te contar os problemas que está tendo, sei lá, com a mãe, com o pai, e você estar todo arrumado para ir se divertir, mas espera ele terminar, porque você vai ficar sem internet quando sair e não quer deixá-lo na mão. É só sair de perto do amigo quando o coração cheio dele estiver (quase) vazio ou esperá-lo encher-se novamente, mas de paz e calmaria, não mais de tristeza ou amargura. É você deixar ele pensar que tem algum mérito na conquista que acha que foi somente dele e ouvi-lo cantar vitória (mas ele não sabe que por trás de tudo tem dedo seu, que você pediu por ele, deu visibilidade a ele. Mas o verdadeiro amigo não precisa que ele saiba disso, porque você fica feliz com a felicidade dele).

Se algum de vocês nunca saiu da zona de conforto por ninguém, você não sabe o que é ser amigo. O beijo, o sexo, os prazeres são benefícios que temos por termos amigos que se atraem e possuem maturidade para isso (falo para quem quer relações sérias ou amizades coloridas). Esses bônus somente terão valor se, antes de tudo, por traz de qualquer cortina, se encontrar o amigo, o diálogo, a verdade, a sinceridade e o respeito.

Existem situações em que a simpatia já foi transmutada em insensibilidade. A gente aprende com o outro, ouvindo o outro, estando com o outro, olhando para o outro, ENXERGANDO o outro, a necessidade do outro. É muito difícil manter um relacionamento se você só se doa, se entrega e nunca recebe nada de volta. Ou pior: uma relação onde você sempre está “in second place”, não importa o que você faça, nada é suficiente para o outro te enxergar. Quem treinou como titular jamais aceitará estar na reserva.

O que quero dizer, para encerrar, é que a gente morre de falar reclamando que a Joana não gosta, que a Joana não quer, que a Joana trata mal, que a Joana não dá valor, que a Joana briga por tudo, que a Joana quer sempre arranjar uma desculpa para terminar..., mas não percebe que a Alice (sabe a Alice?) está lá em Wonderland, esperando você acordar para a vida e sair de Neverland, crescer e ENXERGAR que só quem te merece é quem dá valor a você em qualquer circunstância, de qualquer jeito, aceitando ‘aquele amor à sua maneira’.


Somos todos a gente, somos todos Joanas, somos todos Alices. Agora, até quando? É, chegou a hora de escolher e escolher o que nos faz bem antes de tudo, os que nos ENXERGAM de verdade. Chegou a hora de sermos Alices para as nossas Alices.


I heard he sang a lullaby
I heard he sang it from his heart
When I found out thought I would die
Because that lullaby was mine
I heard he sealed it with a kiss
He gently kissed her cherry lips
I found that so hard to believe
Because his kiss belonged to me

How could an angel break my heart
Why didn't he catch my falling star
I wish I didn't wish so hard
Maybe I wished our love apart
How could an angel break my heart

I heard her face was white as rain
Soft as a rose that blooms in May
He keeps her picture in a frame
And when he sleeps he calls her name
I wonder if she makes him smile
The way he used to smile at me
I hope she doesn't make him laugh
Because his laugh belongs to me

How could an angel break my heart
Why didn't he catch my falling star
I wish I didn't wish so hard
Maybe I wish our love apart
How could an angel break my heart

Oh my soul is dying, it's crying
I'm trying to understand
Please help me

How could an angel break my heart
Why didn't he catch my falling star
I wish I didn't wish so hard
Maybe I wished our love apart
How could an angel break my heart

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Anjos



Ouvi uma vez, no Comer, Rezar, Amar, Liz Gilbert dizer: I don’t need love you to prove that I love myself (Eu não preciso amar você pra provar que amo a mim mesma). Essa frase, para mim, é uma verdade universal. Nunca acreditei que precisamos prender alguém em nenhuma circunstância, principalmente quando existe amor, respeito e confiança.
Não acredito em relacionamentos que não se baseiam em confiança mútua. Não acredito em relação alguma em que você precise jogar, muito menos naquelas em que você precisa interpretar, deixar de ser quem você é porque tem medo do que o outro vai pensar. E como eu estou cansada desse tipo de relação. Como isso me exaure.
Entendo o quão boas são algumas pessoas que passam na nossa vida, o quão interessantes elas são e como queremos, muitas vezes, que elas permaneçam, mas isso não nos compete. Repetindo o que eu disse em outro post, criar expectativas é normal! Se apegar é essencial! Não quero uma vida sem sentido, sem sentimento. A expectativa que eu crio com relação a qualquer coisa da minha vida é somente minha, não preciso dar satisfação disso a ninguém, porque ninguém quebra minha expectativa, ela se quebra, por si só e ninguém, ninguém é responsável por isso.
Eu sempre procurei respeitar a vontade de todos os meus amigos, respeitar o ser humano em si, mas aprendi a respeitar a mim mesma e ao meu limite, e a não tolerar nada que invada a minha perspectiva de espaço. Eu sou uma pessoa que gosta de ajudar, sou carinhosa, sou exatamente isso o que se vê e me sinto extremamente incomodada em não saber como agir porque tenho medo do que os outros vão pensar. Poxa!
Estou cansada de viver fechada num esquife sem poder sentir nada, sem poder fazer nada do que quero, só remoendo todas as vezes que eu pensei “e se...”. E se tivesse sido diferente, e se tivesse feito diferente, e se tivesse falado, se tivesse tentado, se ... se... se... Não quero esse estigma de “ses”. Eu posso, verdadeiramente, encarar a vida de frente dizer que eu me expus, eu não tive medo de ser eu mesma, de tentar, de me abrir.

E se houver sentimento? O que é que tem? E se não houver? E daí? E se sim, e se não? Pra quê tanto “se”? Pra quê tantas ressalvas? Não adianta viver pensando na morte se nem se vive. Eu quero acordar de manhã e respirar o ar puro e sentir a brisa fria no meu rosto, e se o dia que isso acontecer for o dia do nascimento de um filho, que bom! Vivi dia após dia, sem querer pular etapas, sem querer forçar nada. Vivi. Eu vivi. Se eu não posso viver com quem eu desejo, paciência. Como eu já falei: não se deve ter medo de ensinar a voar, o amor não é uma âncora, o amor são asas e é voando que se aprende a voltar pro lar. Que voe. E que volte, se assim desejar. E que eu esteja aqui, ainda... E que eu ainda seja a mesma... E que eu ainda seja suficiente.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Adeus você.




Adeus você
Los Hermanos


Adeus você.
Eu hoje vou pro lado de lá.
Eu  levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar.
 se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão.
Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão.
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar. 

Quero ver você maior, meu bem.
Pra que minha vida siga a diante.
Pra que minha vida siga a diante. 

Adeus você. 
Não venha mais me negacear. 
Teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz reclinar. 
Acalma essa tormenta e te aguenta, que eu vou pro meu lugar. 

É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. 
É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de  tom. 
Quero não saber de cor, também... 

Para que minha vida siga adiante.

Adeus, você...

domingo, 11 de setembro de 2016

Someday we'll know...





Esta é a primeira postagem de Setembro, porque tive uns compromissos a cumprir no início do mês e precisei me ausentar do blog. Será um retorno breve por conta do cansaço desse final de semana, mas logo uma nova postagem será publicada.
Boa semana a todos e curtam o vídeo abaixo: