terça-feira, 13 de junho de 2017

Feliz Dia dos Namorados!




Feliz Dia dos Namorados!
Feliz Dia do “Eu te maltrato o ano inteiro, mas hoje vou te dar flores, porque assim prega a sociedade”.
Feliz Dia da Hipocrisia dos relacionamentos 1º de abril que são tão falsamente comemorados hoje.
Feliz Dia da Mulher para aquela que te atura e te ama.
Feliz Dia do Homem para aquele que te ama e nem sonha saber quem você realmente é.
Quantas juras de amor, quantos planos perfeitos, quantas táticas de conquista e manipulação. Quantos relacionamentos presos ao conformismo, ao medo de pular fora, mesmo que seja infeliz, porque não quer ficar só. Melhor mal acompanhado do que sozinho, certo? Se você acha certo, então é certo.
O meu recado agora vai para as mulheres incríveis e maravilhosas que se prestam ao papel de acharem que merecem menos. Depois de passar por experiências insatisfatórias, posso falar com propriedade que não vale a pena se conformar com migalhas. Você é melhor do que isso, você merece mais do que isso. Se você acha que ele é a tampa da sua panela, mas ele não acha, então ele não é! Bola pra frente. Sem choro, nem vela. Sem tempo a perder com quem não te enxerga ou não percebe o teu valor.
Sou feminista, todo mundo sabe, não é novidade para ninguém. Sou a ovelha negra, a rebelde (com causa), a bruxa má do Oeste, a vilania. Não me importo nem um pouco com esses rótulos, afinal, são só rótulos, mais de terceiros do que meus. Ser feminista não quer dizer que o cara vai ter que fazer tudo sozinho, que eu vou bater de frente a cada decisão dele. Ser feminista é ter a liberdade de cozinhar para o meu homem porque eu o amo e não porque a sociedade me treinou para ser cozinheira. É deixar de cozinhar quando não estou a fim e não amá-lo menos por isso, apenas respeitar o meu limite e a minha vontade.
É passar a roupa dele com o maior carinho do mundo, mas me dar o direito de não fazê-lo se não quiser, sem amá-lo menos por isso. É entrar na dieta, porque eu o amo e ele precisa se cuidar. É ser companheira, cúmplice, amiga, amante, conselheira, parceira, namorada... É ser inteira.
E eu sou. Se não for para ser inteira, prefiro não ser. Se não for para ter por inteiro, prefiro não ter.
Prefiro ficar só a me prender num relacionamento por interesse ou por comodidade. A vida é muito curta para não amarmos a pessoa certa e muito longa para vivermos com as pessoas erradas.
Não me importa se aos 30, 40, 50, 60, ou mesmo nunca, não me presto ao papel de estar com alguém por conveniência, por medo de ficar só, ou por costume. Isso não é justo nem comigo, nem com a pessoa que estou “prendendo” por ser covarde e egoísta, e não querer que a pessoa seja feliz com quem a mereça.
Não tenho medo de começar do zero. Não me aflige começar de novo. Atormenta-me mais a ideia de sempre voltar ao mesmo lugar e continuar andando em círculos, pois sempre vou saber o que esperar... E o que é a vida sem surpresas? O que é a vida quando a gente se permite?! É maravilhosa!
Mulher, não trate como único quem te trata com segunda opção. Você é a primeira opção de alguém, basta abrir bem os olhos e enxergar que esse alguém é você mesma. Não se submeta a relacionamentos abusivos de nenhuma espécie, por ter fé que ele mudará: Ele NÃO vai mudar. Não por você. A mudança é interior, tem que vir de dentro dele. Não adianta sofrer aos poucos, corte logo o mal pela raiz. Não se envolva com homens comprometidos, porque eles não valem a pena. Por mais que vocês amem, por mais que doa, dói ainda mais saber que você nunca vai poder contar com ele para nada.
A vocês eu indico o livro da Emily Giffin, Questões do Coração, e também o Episódio 16 da 14ª Temporada de Law and Order – SVU chamado “Funny Valentine”. Não se desvalorizem dessa forma. Se o cara trair com você, ele vai trair você com outra. É fato. É certo. Se ele está num relacionamento ruim, então que ele tenha colhões para terminar e começar algo novo com você, mas não fique esperando isso acontecer. Viva! Apenas viva! Sem esperar nada da vida, viva!
A nossa existência vale mais do que uma paixão. Vale o nosso amor próprio e a nossa vontade de viver por nós mesmas, de fazer o bem, de amar, incondicionalmente, de confiar, sempre...
Não tenha medo de dizer “Não! Não quero isso pra mim!”. Se desprenda das amarras da baixa autoestima e não pense que você não vai encontrar ninguém, porque você vai! Você não precisa beijar várias bocas erradas até se encantar com a certa, você pode fazer isso, sim! Porque você é livre, mas você NÃO TEM QUE, NÃO PRECISA FAZER. Se o fizer, faça porque tem vontade e não por desespero de querer encontrar a fina força alguém que te complete. Lembre-se da história da Cinderela e de suas irmãs, que cortaram pedaços de seus pés para que eles coubessem no sapatinho de Cristal. Você não precisa se podar para caber no mundo de ninguém, você não precisa se modificar para se encaixar na vida de ninguém, você nem mesmo precisa de um sapato, muito menos que seja de cristal. Cristal é frágil, quebra. Prefira ficar descalça, sentindo a terra molhada e fria sob os seus pés, mantenha os pés firmes no chão, mas não tão firmes que você não possa correr atrás dos seus sonhos. Corra! Lute! Por você, pra você e por ninguém mais.
Você merece, nunca pense que não. Você merece mais, sempre mais...
Que presente do Dia dos Namorados?! Que data mais comercial! Eu não quero presente, eu quero é respeito, não existe homem mais perfeito do que aquele que não precisa de um dia do ano específico para provar que te ama e te admira.
Não acredito nessa besteira do Dia dos Namorados. É só mais uma data que o comércio criou para vender mais. Não preciso de presentes, preciso de companhia e compreensão. Não preciso de jantares caros, prefiro um DVD e o aconchego da cama quentinha e o calor do corpo do outro, senti-lo adormecer. Não preciso de cartões, escolho a confiança. Pois não há hoje prova de amor maior do que dizer ao outro: Eu confio em ti. Eu confio em Deus e tenho certeza que o que Ele tem guardado para mim é muito maior e melhor do que a minha mais alta expectativa.
Eu confio, sempre.





[CONTINUA EM BREVE]

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