domingo, 14 de agosto de 2016

Amiga - Dyva - Bradshaw



Meu último post antes desse tinha como subtítulo a palavra inglesa “Honor”. Honor quer dizer “Honra”, e em italiano diz-se “Onora”. É uma das palavras que eu quero tatuar, mas em chinês. Quem me conhece sabe da minha paixão pela Mulan e por causa disso e da minha forte ligação com essa palavra, se eu tiver a honra de ter uma filha, o nome dela será Leonora (aquela que possui a honra de um leão).

Poucas pessoas que eu conheço sabem o real peso dessa palavra e uma delas se chama R. A. de Mendonça. Essa pessoa é umas das melhores e mais corajosas mulheres que eu já conheci. Ela é guerreira, ela batalha, ela mata um leão por dia. É boa filha, boa irmã, uma profissional maravilhosa e uma amiga excepcional.

Mais uma vez voltando ao post anterior, eu escrevi que para mim o sentimento “amor” tem muitos mais a ver com amizade do que com qualquer outra coisa. Eu tenho amigos e tenho meus protetores. Os meus amigos eu conto nos dedos das mãos, os meus protetores eu conto nos dedos de uma única mão e ainda sobra dedo (eles sabem quem são). Embora nos últimos dias eu tenha sofrido algumas baixas e precisado fazer algumas alterações, o lugar dela continua lá.

Quando eu sofri há uns 4 meses um problema pessoal, ela foi uma das únicas pessoas que me acompanhou aonde eu precisei ir, ela me ouviu durante a madrugada, ela enxugou as minhas lágrimas, mas não sem antes chorar comigo, ela me recebeu na sua casa dia após dia, muitas vezes mais de 22h só para me abraçar e me ouvir (falar ou chorar). Ela me aconselhou e por mais que doesse em mim, ela me fez ver a verdade, antes que a verdade me esmagasse.

Antes dessa última situação, ela me apoiou de diversas formas. Ela foi uma amiga, uma mãe, uma irmã, uma companheira. Ela foi aquilo que eu precisava que ela fosse. Não vou dizer que nunca discutimos, que nunca dissemos coisas uma a outra que machucassem, embora fossem verdade, mas soubemos, pelo bem da nossa amizade, superar tudo isso e quase nunca precisamos nos desculpas, porque, no fundo, sabemos que o amor, para ser amor de verdade, às vezes precisa doer um pouquinho.

Hoje, essa mensagem vai para ela, minha amiga, minha companheira, uma das pessoas que tem meu coração nas mãos e que pode me chamar a qualquer hora...

Amiga, não ligue. Amiga, não se abata. Amiga, não fique triste. Amiga, não se retraia.
Você é muito melhor do que tudo isso, você vale muito mais do que tudo isso. Você é uma pessoa mais do que especial, você é Raísa.

Ponto.

Amo você.

(E só para reforçar, para as duas pessoas que sabem quem são, não ousem machucar meus amigos, ou as consequências serão... severas.)

Amiga, eu sei o quanto algo assim pode doer, acredite, hoje eu estou passando por algo semelhante, só que muito mais antigo. Believe me, I feel your pain. E quando nos virmos, eu vou ouvir, vou chorar com você e vou enxugar suas lágrimas e te dar toda atenção e todo amor do mundo. As pessoas, infelizmente, parece que têm um chip e escolhem os piores momentos para nos machucar.

Amamos, sofremos, aguentamos, muitas vezes no silêncio mais barulhento do nosso coração. Porém, precisamos perceber que life goes on, meu amor. Você sabe que a gente sente as coisas de maneira diferente. Só para acalentar seu coração, você não é a única, isso dentro do nosso próprio grupo. Podemos amar muito alguém, amiga, nós temos essa capacidade de amar e amar muito, por muito tempo e mesmo ouvindo coisas que nos machucam e que nos fazem sofrer, ou presenciando acontecimentos que a gente sabe que ‘vai dar merda’, continuamos amando, alertando e vendo aonde vai dar. E, muitas vezes, nós, as que cuidamos e tentamos proteger, ainda ouvimos coisas que magoam, duvidam da nossa capacidade de fazer um julgamento justo. Essa semana eu ouvi tantas vezes a palavra “plausível” que ela se tornou uma coisa ruim para mim.

Amiga, precisamos por o pé no chão e por mais que o amor seja intenso e, acredite, eu realmente sei que é, temos que fazer o que é mais saudável para nós. Se existe uma das partes de uma relação, seja ela qual for (namoro, amizade, noivado, etc) que está dando sinais claros de que não se importa com você, meu amor, são lágrimas, corações partidos, dores infinitas, noites em claro, quilos a menos e, futuramente, pessoas melhores seremos. Com a diferença de que a consciência de que fizemos TUDO certo e nosso único erro foi amar demais e aceitar coisas pensando no outro que não deveríamos ter aceitado.

Hoje, eu li uma frase no Facebook que dizia mais ou menos assim: “Existem duas coisas para resolver os nossos conflitos: o tempo e o foda-se”. E, amiga, eu aprendi essa semana que enquanto o tempo não passa, a gente precisa ligar o foda-se, principalmente se a pessoa te fodeu primeiro.

O amor é uma via de mão dupla. Se você está dando e não está recebendo, é hora de rever, porque só ama de forma enraizada e forte aquele que recebeu o motivo. Eu posso hoje abrir a boca e dizer que todas as pessoas que me amam foram muito amadas, mas nem todas as que eu amei mereceram meu amor, e eu estou procurando um motivo plausível para continuar, pelo menos, convivendo com essas pessoas.

Eu amo você, eu te entendo, eu te aceito do jeito que você é. E você pode contar comigo sempre. Em qualquer situação ou circunstância.

Desculpe tê-la exposto.


Um beijo grande... Eu continuo aqui, por você.

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