quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Enganado coração...



Então, é melhor eu me manter aqui. Eu sei que é difícil estar aqui, mas pior mesmo é estar aí sozinha.
Eu sinto latejar no peito a força da ausência. Ausência essa propositalmente causada para o bem... de alguém.
Não saber lidar é normal, não tentar conseguir é idiotice.

***

Pois,

É um querer que não quer ser querido.
“É um contentamento descontente”.
São incoerências de corações partidos...
Incondizentes com o que a cabeça sente.
Não sou dessas de ir e voltar, mas me volto sempre a olhar para trás, e percebo a chama do amor congelado nos olhos que não enxergo mais...
Serão lágrimas mesmo as que vejo? Ou serão mentiras mal elaboradas de um desejo de não perder aquilo que não se assume ter?
Um querimento irremediavelmente incontestável quando as palavras são contrárias aos movimentos.
Confunde e difunde o impenetrável. O sentimento que não permite abalos.
O controle de si e do outro, daquele que bate por um ou por poucos.
Ah, coração cego... Vaga, vaga pela multidão atrás de um olhar secreto disperso na escuridão...
Ah, coração dolorido... Reza pelo sofrimento, torce, já arrependido, para o amor que diz que sente sofrer, para, assim, deixar de ser sentido, sem necessidade, portanto, de ser assumido ao objeto do seu bem-querer.

Mentes, sabido, mentes para ti mesmo. Enganas-te no padecer e, quando tiveres percebido, foi-se embora, comprometido, o teu terno amanhecer.
Perdeste. De qualquer jeito. Perdeste.
E aqueles que te gostam e perceberam tuas lástimas os olhos te abriram...


Mas não quisestes ver..., então, se preferes sofrer com teu coração fora do peito, deixa-me ir em busca de um outro peito onde eu possa, finalmente, repousar...



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